Margarida Lima, gestora de redes sociais, ainda sonha ser jornalista

Margarida Lima tem 23 anos e é natural de Viseu. Concluiu o Mestrado em Jornalismo e Comunicação, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra entre 2020 e 2022. Em 2023, Margarida Lima encontrou o seu lugar na equipa de Marketing da 2Play, uma empresa local, em Viseu.

​

Numa entrevista exclusiva ao ciberjornal Autoavaliação, Margarida Lima destaca a complexidade de discernir entre notícias confiáveis e informações duvidosas online. "A avalanche de notícias que recebemos diariamente nas redes sociais é esmagadora. Como gestora de redes sociais, o meu trabalho é filtrar e destacar conteúdo relevante para os seguidores, mas também é vital garantir que a informação seja precisa e credível", afirma a gestora de redes sociais.

​

Ao ser questionada sobre a comparação entre notícias online e impressas, Margarida Lima destaca que o online oferece uma vantagem em termos de velocidade, mas isso vem com um preço, aliás, realça “a rapidez com que as notícias online são divulgadas”. A gestora observa como “impressionante” essa celeridade, mas “muitas vezes isso sacrifica a precisão”. No ambiente da imprensa, “há um processo mais meticuloso de verificação de factos antes da publicação, o que contribui para uma maior confiança na informação”, assume Margarida, concluindo que prefere os jornais online pela conveniência e rapidez na obtenção de notícias. “A acessibilidade imediata é crucial no cenário jornalístico atual”, acrescenta.

​

No entanto, Margarida refere que a transição para um ambiente de trabalho mais digital também trouxe benefícios. "O online permite uma interação mais direta com o público. Podemos receber feedback instantâneo e ajustar nossa abordagem em tempo real. Isso cria uma dinâmica interessante, mas também demanda uma responsabilidade acrescida na verificação da informação que compartilhamos", descreve.

“A transição para o digital é inevitável, mas é essencial manter padrões de qualidade e ética jornalística”

A jovem jornalista destaca que a principal desvantagem da presença dos media no panorama digital, é a saturação de informações e a disseminação de notícias falsas. A falta de filtro pode comprometer a credibilidade. Além disso, para alguns, a experiência tátil e a sensação de folhear um jornal em papel são perdidas. A jovem viseense acredita que a transição para o digital é inevitável, mas é essencial manter padrões de qualidade e ética jornalística.

​

Margarida Lima representa uma geração que está na linha de frente da revolução digital no jornalismo. O seu papel como gestora de redes sociais não só reflete as mudanças na forma como as notícias são consumidas, mas também destaca a necessidade contínua de equilibrar a velocidade do online com a confiabilidade do impresso. A credibilidade das notícias permanece, assim, um desafio central num mundo onde a informação é disseminada a uma velocidade vertiginosa.

​

Margarida expressa entusiasmo em trabalhar para uma empresa que contribui para a comunidade local, destacando a importância das redes sociais na era digital. "É um ambiente excitante, mas desafiador. Acredito que, com as ferramentas certas e uma abordagem crítica, podemos aproveitar ao máximo as oportunidades que o mundo online oferece, sem comprometer a credibilidade das informações que compartilhamos”, sublinha a gestora de redes sociais. Futuramente Margarida espera progredir na sua carreira, mas, por agora continua a demonstrar o seu talento e dedicação no mundo da comunicação digital.