Os desafios de uma jornalista recém-licenciada
11 NOVEMBRO 2023
Quais são os desafios e os triunfos de uma jovem jornalista? Será que alguma vez se pensa realmente no que o mundo do trabalho oferece? Luciana Soares, jornalista da SIC, licenciou-se em 2022 e conta ao Autoavaliação como enfrentou o início da sua carreira, a sua adaptação ao ambiente de trabalho e a busca por oportunidades naquele que diz ser “um mundo novo”.
por Beatriz Viegas
Qualquer adaptação pode ter os seus obstáculos e desafios. A entrada no mundo do trabalho não foge à regra. Luciana Soares, licenciou-se em Comunicação Social pela Escola Superior de Educação de Viseu (ESEV) em 2022 e vê o curso como “muito completo”, sentindo que: “somos dos mais bem preparados comparando com outras universidades”. Para si, Comunicação Social, como curso abrangente que é, dá a sensação aos seus alunos que sabem fazer de tudo um pouco. Sensação essa que acaba por passar para o exterior e é bastante positiva. Ainda assim, há coisas a melhorar e Luciana diz ter sentido isso especialmente no seu caso em televisão, onde acredita ser “preciso aprofundar”. Estagiou na SIC e é lá que agora continua a sua caminhada.
Luciana enquanto estudava na ESEV
A transição de um momento para o outro foi “difícil”. “Parece que não sabemos fazer nada. Costumo dizer que se aprende mais num mês de estágio do que num ano de curso e não tenho a menor dúvida”, conta a jovem jornalista. Segundo Luciana, é necessária toda uma adaptação que, para ela, representaram “um crescimento brutal a nível intelectual e o maior ajuste que teve que fazer”.
“É bom quando trabalhamos todos para o mesmo”
A antiga aluna da ESEV frisa que lidar com os diferentes feitios dos outros não é fácil, principalmente num ambiente onde muitas das vezes se vive um grande “stress”. No entanto, “há novos desafios todos os dias”, que ocupam também muito tempo da sua vida. O Mundial em 2022 foi “o mais desafiador”. Exigiu poucas horas de sono por dia e folgas quase nulas, no entanto foi o momento que Luciana mais gostou de viver na SIC, visto que “a equipa estava toda junta e é bom quando trabalhamos todos para o mesmo.”
Apesar de tudo, a jornalista diz-nos ter noção que oportunidades como esta “são raras e é preciso querer muito.” Para a jovem, é tudo uma questão de atitude, “há que ter confiança,” mas “é preciso ser humilde para pedir ajuda”.
Fotografia do Instagram da jornalista
Quando os primeiros trabalhos são publicados, tudo compensa. As primeiras peças de Luciana passaram no Primeiro Jornal, Jornal da Noite e na SIC Notícias e diz ser uma sensação de orgulho. “Quando és tu que dás a voz ao teu trabalho, dá sempre orgulho.”
Em relação ao “stress” conhecido da sua profissão, a jornalista da SIC diz conseguir lidar melhor do que pensava e que o mais importante é que “a nossa missão é informar com qualidade” e, ainda que por vezes, “o tempo seja inimigo da perfeição”, Luciana diz ser possível fazê-lo bem num curto prazo.
Na sua lista de “conquistas profissionais” revela-nos momentos como a conversa com Ricardo Quaresma, Köckü, Rúben Amorim, Roger Schmidt, Gonçalo Guedes, equipas da Liga dos Campeões, entre outros e recomenda a todos que estiverem prestes a iniciar o mesmo percurso a serem persistentes.
Por fim, quando questionada sobre um conselho que gostaria de ter recebido, partilha-nos uma expressão famosa nos corredores da SIC: “põe no arquivo”. Quando é preciso ultrapassar um dia mau, uma resposta mais torta, um erro televisivo é pensar que o mal já está feito, “meter no arquivo” e seguir.
